Os vinhos espumantes são produzidos um pouco por todo o Mundo. Podem ser brancos, rosés ou tintos, apresentando diferentes níveis de doçura e sabores, bem como produzidos em diferentes estilos.
O Champagne é um vinho espumante produzido apenas na região francesa do Champagne, tendo sido classificado desta forma, pela primeira vez, em 1690. A sua produção pode ser realizada por diversos métodos, originando espumantes com diferente qualidade e com diferentes características.
A nomenclatura associada aos vinhos espumantes poderá ser algo confusa, apresentando variações entre países, bem como dentro do mesmo país, podendo ser classificados de uma forma didática quando à: Doçura, Estilo e Método de Produção.
Doçura
Brut Nature /Bruto Natural – O menos doce 0-3 g/L de açúcar.
Extra-Brut / Extra-Bruto – 0-6 g/L de açúcar.
Brut/Bruto – 0-12 g/L de açúcar.
Exta-Sec/Extra-Seco – 12-17 g/L de açúcar.
Sec/Seco – 17-32 g/L de açúcar.
Demi-Sec/Semi-Seco – 32-50 g/L de açúcar.
Doux/Doce – +50 g/L de açúcar.
Estilo
Blanc de Blancs – Espumantes produzido exclusivamente a partir de castas brancas.
Blanc de Noir – Espumantes produzidos exclusivamente a partir de castas tintas.
Rosé – Os espumantes rosé são classificados pelo Comité Champagne como Rosé d’assemblage ou Rosé de macération.
Um Rosé d’assemblage consiste na adição de vinho tinto ao vinho branco base, antes de ser realizado o engarrafamento, com um percentual entre os 5 e os 20%.
Um Rosé de macération é produzido por maceração curta de uvas tintas (Pinot Noir ou Meunier na região do Champagne 24 -72h) antes da prensagem, ou obtenção por sangramento de uvas tintas (10 a 15%) maceradas por mais de 24-72h – “saignée”.
Prestige Cuvée – Não é um termo de rotulagem, mas geralmente descreve o melhor vinho da gama de um produtor.
Nota: O termo Cuvée refere-se, geralmente, ao primeiro liquido resultante da prensagem, que contem o sumo mais puro, sendo os melhores espumantes produzidos unicamente com Cuvée.
Vintage – significa que o vinho provém de um só ano. (podem existir exceções)
Non Vintage – vinho elaborado a partir de um corte de vinhos de mais de uma safra.
Produção
Método Tradicional – Utilizado na maioria dos espumantes de grande qualidade, onde a 2º fermentação ocorre na garrafa onde é comercializado, originando as bolhas, seguido dos processos de Remuage e Dégorgement.
Nota:
Remuage – Verticalização das garrafas para que o depósito se acumule no “copo” da coroa de selamento da garrafa.
Dégorgement – Submersão do gargalo numa solução fria, levando à congelação do depósito para posterior expulsão.
Método de Transferência – Processo semelhante ao tradicional até ao final da 2º fermentação, sendo filtrado em tanques após esvaziamento das garrafas (sem Dégorgement), com posterior engarrafamento. Boa qualidade a preços inferiores.
Método Ancestral – Método muito antigo em que ocorre um única fermentação, sendo o vinho engarrafado no decorrer da mesma. São frequentemente denominados de Pétillant Naturel ou Pét Nat. Apresentam características muito variadas – secos a quase secos, pouco álcool, diferente intensidade de bolhas – lançados jovens para o mercado.
Método de Tanque – A 2º fermentação ocorre num tanque selado e não nas garrafas, sendo posteriormente filtrado antes do engarrafamento. Este método é geralmente destinado a espumantes onde se pretende obter apenas sabores de fruta primária, como o Prosecco.
Método Asti – Método de fermentação única, principalmente utilizado para alguns espumantes doces da região de Asti no Piemonte (Itália).
Carbonatação – Método económico em que o CO2 é injetado no vinho base, posteriormente engarrafado sobre pressão. Geralmente utilizado para castas com sabores varietais fortes.
Fontes:
Comité Champagne – www.champagne.fr
Compreendento do vinho: explicando o estilo e a qualidade. Wine Spirit Education Trust (WSET).Volume 2, 2022.